Gibraltar. Resquício anacrónico do império britânico, é um estranho destino que não é muito turístico apesar dos gibraltinos se esforçarem em promover as suas curiosas atracções. Enclave britânico no mediterrâneo, é um melting pot de línguas e etnias. Nas ruas cruzamo-nos com enxames de turistas espanhóis que se aproveitam das lojas livres de impostos, muçulmanos, judeus, indianos, genoveses e inevitavelmente ingleses. Cada um se veste de acordo com a sua cultura de origem e nas praças hijabs e yarmulkas convivem com calções. Outra curiosidade: a moeda própria, a libra gibraltina. Como só é aceite no rochedo é pouco melhor do que dinheiro de monopólio.
Entrar no território é um exercício de paciência. Há que contar longas filas para a formalidade de acenar o cartão de cidadão ao guardia civil e ser despachado com um move on da polícia gibraltina. Entretanto vai-se espreitando o rochedo por entre a névoa húmida do céu mediterrânico.
A sair de Cannon Lane para a Main Street, cheia de lojas de álcool, tabaco, roupas e electrónica livres de impostos. Mas cuidado com os guardas fronteiriços espanhóis, eles têm faro para a malta que vai lá comprar sacos de pacotes de tabaco. Main Street. Para quem não é apaixonado por bebidas fortes e fumaças, é um belo local para comprar iPads, máquinas fotográficas e detectores de radar. Infelizmente não tinha 140 libras para dar por este último item.
Macacos berberes. Cuidado, apesar do ar simpático mordem e gostam de puxar as roupas aos turistas. E penduram-se nos carros. É vê-los voar à nossa volta.
Toque british nas ruas de Gibraltar.
O rochedo visto da Casemates Square, num raro momento da minha estadia em que o sol brilhava sem ser opressivo ou não estava sobre nuvens cinzentas pesadas.
A simplicidade da arquitectura colonial, para descansar a vista depois da exuberância sevilhana, do branco de Ronda e da banalidade malagueña.
O rochedo visto de Europort, zona reclamada ao mar.
Praia de Catalan Bay, no lado este de Gibraltar.
Cai a noite sobre Main Street.