domingo, 3 de abril de 2011

Strange Maps


Frank Jacobs (2009). Strange Maps: an atlas of cartographic curiosities. Nova Iorque: Viking Studio.

Por si só, os mapas já despertam a curiosidade. As cores, os nomes exóticos e as fractais linhas traçadas já nos levam a imaginar os locais reais. Quando entramos no campo dos mapas antigos, as possibilidades imaginárias explodem. Cartografando uma terra em grande parte desconhecida, os autores de antigos mapas imaginaram terras inexistentes, criaturas exóticas, seres fantásticos, e quando a imaginação já não dava para mais... hic sunt dracones. Quando entramos no campo dos mapas como arte, propaganda política, diagrama de representação complexa ou expressão pura da imaginação, o potencial criativo cresce exponencialmente. Strange Maps reúne alguns dos mais interessantes mapas de várias épocas e géneros, desde os dos tempos em que os locais desconhecidos se sobrepunham às terras conhecidas a cartografias propagandísticas contemporâneas, mapas de locais imaginários, visualizações não convencionais dos mapas tradicionais e até curiosidades geográficas provocadas pelo conflito entre a cartografia e a história política e social. Sabia, por exemplo, que podia existir enclaves, agora quase enclaves, contra-enclaves e contra-contra enclaves... torna-se uma geografia deveras tortuosa. Felizmente não vivo em Cooch Behar, supra-sumo da tortuosidade enclavística.

Leve e bem ilustrado, Strange Maps leva-nos numa viagem pelo mundo das curisidades cartográficas.