Sempre tive do Porto uma imagem soturna, pesada e suja. A roadtrip relâmpago que fiz não apagou essa imagem, mas levou-me a descobrir que também é uma cidade com os seus encantos.
A zona medieval da Ribeira está cheia de ruelas onde os edifícios se encavalitam.
O convento de S. Francisco é um daqueles exemplos do pouco respeito que os nossos antepassados tinham pelo património arquitectónico. Traça românica, vestígios manuelinos no interior, decoração barroca e fachadas maneiristas. Uma lição de história de arte num só edifício.
Onde o Douro e o Atlântico se juntam...
Nos Clérigos, a olhar a rua das Carmelitas onde se situa a famosa livraria Lello. Aqui uma certa desilusão. Funcionários a berrar constantemente no photo no seu fabuloso interior e um acervo bibliográfico limitado. Esperava uma catedral da leitura, e apanhei uma loja empoeirada.
Nas ruelas à volta dos Clérigos, junto ao teatro de S. João, um pátio abre uma vista inusitada sobre a cidade. É impossível não comparar com Lisboa vista das Portas dos Sol.
O tempo estava pesado, convidativo à meditação melancólica. Hit the north...