Já é prática comum, mais famosamente em inglaterra, a colocação de câmaras de video nas ruas e locais públicos para reduzir a criminalidade. Os estudos dizem que funciona, e poucos são os que falam de uma nova sociedade panopticon onde a privacidade não existe, onde um olho electrónico nos segue, visto apenas por funcionários anónimos de uma qualquer polícia, onde alegremente esquecemos o nosso direito à privacidade em prol de uma certa ideia de segurança. E tudo isto tem um nome: videovigilância.
Pelo menos assim o pensava até ter visto hoje o telejornal. Um líder político defendia abertamente o alargamento em portugal da colocação de câmaras. Nome da iniciativa: videoprotecção. Apelido brilhante: a palavra vigilância tem conotações totalitaristas, a palavra protecção tem uma certa aura quente e tranquilizante. Puro newspeak orwelliano.
