quinta-feira, 4 de março de 2010

Três ideias

Três notícias que merecem uma forte reflexão da escola enquanto instituição, dos professores enquanto actuantes e da sociedade em geral:

Criança que se lançou ao rio Tua era há algum tempo agredida verbal e fisicamente Será que mergulhados nas guerras laborais, montanhas de burocracia e lugares-comuns pedagógicos, é preciso uma morte violenta para nos obrigar a olhar para o que se passa fora da sala de aula, mas dentro da escola? As proezas dos brutamontes do recreio não são novidade, mas andámos demasiado ocupados a demonizar os media que tornaram as suas façanhas transparentes em vez de intervir onde era preciso. Não, a culpa não é da internet, dos jogos, televisão ou (... inserir aqui causa externa favorita...). A culpa é de não se intervir no momento certo - com compreensão, autoridade e firmeza. Uma criança pagou com a vida; quantas não estão a pagar com desespero?

Portugal entre os piores. Educação dos pais limita salário dos filhos O artigo aponta para razões económicas mas também há que pensar em razões culturais. Só alargamos os nossos horizontes se crescermos em meios que estimulem o alargar de horizontes.

Ensino privado continua a crescer, enquanto o público perde alunos Goste-se ou não da ideia, a realidade é que a escola é o local onde os pais deixam as crianças enquanto trabalham. Se puderem escolher, preferem locais que lhes garantam segurança e estabilidade. Fincar pé na pedagogia e esquecer o papel social é um erro. Por outro lado, estender virtualmente a escola com actividades de enriquecimento curricular que são na prática mais carga lectiva sobre o horário das crianças também não é boa ideia. Brincar também é preciso, e flexibilidade para desenvolver interesses pessoais.