quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vivaty Studio

O Vivaty Studio é uma aplicação que utiliza o interface de programas de modelação 3D  aplicado à edição de VRML/X3D. Desenvolvido pela Vivaty como componente de authoring  complementar ao Vivaty Player, solução da empresa para criação de salas de chat 3D multiutilizador. Correntemente na versão 1.0 Beta, é baseado no software Flux Studio desenvolvido por Tony Parisi e publicado pela Media Machines.
A aplicação destina-se a criar cenas em VRML/X3D possibilitando modelação tridimensional, importação de modelos, aplicação de iluminação, fundo, pontos de vista, níveis de detalhe, gestão de navegação, animação,  sensores interactivos, modelos H-ANIM, extensão das linguagens VRML e X3D com scripts e declarações proto. Gera ficheiros VRML e X3D, com possibilidade de exportação dos objectos criados em vários formatos 3D.

Fig. 1: interface da aplicação.

O interface é similar ao de outras aplicações de trabalho em 3D, com quatro pontos de vista, duas barras de ferramentas e janelas de gestão de nós e propriedades. Os pontos de vista originais (frente, topo, alçado esquerdo e vista isométrica) podem ser alterados através de uma opção específica na barra de ferramentas ou orbitando a cena em qualquer janela de ponto de vista, as quais dispõem de linhas de grelha para auxiliar o posicionamento de objectos. As duas barras de ferramentas – lateral e de friso no topo dão acesso às principais opções do programa.

A barra de friso, situada debaixo dos menus, apresenta elementos comuns de gravação, desfazer, ferramentas de clonagem/duplicação, zoom, órbita e pontos de vista, opções de manipulação de objectos e pré-visualização utilizando o Vivaty Player. A barra lateral contém ferramentas de criação de formas primitivas (cubo, cilindro, cone, esfera), modelação de superfícies (extrusão, revolução, nurbs), texto, agrupamento de nós, nível de detalhe, iluminação, ponto de vista em cena, som, fundo, névoa, inline (insere ligação para outro espaço virtual) e nós avançados (estendem a linguagem através de declarações proto e scripts). Correspondem aos principais elementos da linguagem VRML/X3D. O gestor de nós permite organizar de forma hierárquica os nós, grupos e objectos que compõem a cena. As opções de nós e objectos são controladas na janela de propriedades.

A modelação de objectos tridimensionais é efectuada de várias formas. Podem ser inseridas formas primitivas, modeláveis através de operações booelanas e conversão para faces indexadas, possibilitando transformações por manipulação de vértices e arestas. Podem ser criadas formas por revolução, extrusão, varrimento ou escultura com possibilidade de conversão para face indexada e aplicação de operações booleanas de união, intersecção e extracção. As formas podem ser transformadas por rotação e escala uniforme ou não uniforme e reposicionadas no espaço tridimensional. Aos objectos criados podem ser aplicadas cores com definição de brilho, tonalidade e transparência, texturas de imagem e vídeo e texturas múltiplas.

Fig. 2:  importação de modelo em formato OBJ.

A incorporação de objectos criados noutras aplicações em cenas criadas no Vivaty é efectuada através da importação de modelos em formato VRML/X3D e modelos criados em Google Sketchup exportados no formato KMZ. A aplicação contém o módulo Flux Studio Accutrans 3D Translation Utility, capaz de importar uma grande gama de formatos de modelação 3D, entre os quais se incluem o DXF, OBJ e 3DS. Objectos não reconhecidos pela ferramenta de importação podem ser editados com a sua aplicação nativa e exportados no formato VRML, sendo este transversal à maior parte das aplicações de modelação e animação 3D. Objectos criados no Vivaty Studio podem ser exportados nos formatos VRML, X3D e formatos reconhecidos pelo utilitário Accutrans, possibilitando aplicação e edição noutras aplicações.

Fig. 3: imagem compósita de animação em linha de tempo através de fotogramas-chave.

Incorporando sensores de tempo VRML/X3D, o Vivaty Studio possibilita animação de modelos em duas formas: rotações, translação linear e escala nas coordenadas cartesianas; percursos complexos recorrendo a manipulação de objectos em linha de tempo. A interactividade em realidade virtual é possibilitada pela aplicação de sensores de arraste, proximidade, toque e visibilidade.  Outros elementos de cena VRML/X3D são os nós de iluminação (em ponto de luz omindireccional, direccional, spot, com manipulação das variáveis e cores), nó fundo (aplicando gradações de cor e conjuntos de imagens formando uma skybox com ilusão de esfericidade), inserção de sons em formato WAV ou MP3, definição de pontos de vista em cena e propriedades de navegação. Outra possibilidade do programa é a criação de avatares e modelos humanóides animados segundo a norma H-ANIM.

Fig. 4: composição de cena com iluminação.

As cenas e espaços virtuais criados podem ser exportados como ficheiros VRML ou X3D, ou publicados directamente para os repositórios da Vivaty.

Esta análise não esgota as potencialidades e capacidades desta aplicação muito completa.

Fontes:
http://developer.vivaty.com/getstarted.php