quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Literature Review in Creativity, New Technologies and Learning

Avril M Loveless (2002). Literature Review in Creativity, New Technologies and Learning. Bristol: Futurelab.

Criatividade e currículo: sociedade do conhecimento, constrangimento do potencial criativo das crianças, papel da tecnologia nos processos criativos. Criatividade e educação: mudança de conceito de criatividade enquanto dom de indivíduo especial para qualidade partilhada por todos, estimulada pelo ambiente/interacções em grupo. Tecnologia como estimuladora de criatividade: características da tecnologia potenciam expressão, eficiência.

Estratégias de ensino para a criatividade: relação criatividade/elementos do currículo; oportunidades de exploração/jogo com materiais, informação e ideias; ambiente amigável ao erro e ao risco; oportunidades de reflexão, recursos e resiliência; flexibilidade de espaço e tempo; sensibilidade a valores educativos relacionados com interesse, compromisso, potencial e qualidade de vida; estratégias de ensino que envolvam ensinar para a criatividade, bem como ensinar de forma criativa.

Tecnologias digitais: apoiam este desenvolvimento através de: desenvolvimento de ideias; criação de ligações; criar e construir; colaboração; comunicação e avaliação. Vasta gama de actividades possíveis.

Dificuldade de avaliar e medir criatividade: contributos das artes. Implicações para o currículo: interacção complexa. Barreiras: mentalidade, utilização de tecnologias, organização e logística.

Conceito de criatividade: envolve novidade, eficácia, ética, pensamento divergente. Criatividade individual: abertura a experiência, risco, sentido de humor, gosto pela experimentação, independência, autoconfiança, falta de sentimento de ameaça, flexibilidade, originalidade, objectivos, controle interno, persistência (Shalcross); modelo de confluência: capacidades intelectuais, conhecimento, estilo de pensamento, personalidade, motivação, ambiente (Sternberg e Lubart); inteligências múltiplas (Gardner); fluxo – automático, sem esforço, mas altamente focalizado estado de consciência quando imerso em actividades que levam mais longe o sentimento de descoberta (Csikszentmihalyi); papel do inconsciente no pensamento criativo.

Criatividade e disciplinas: áreas artísticas como potenciadoras de pensamento criativo.

Criatividade como prática social: interacção social – com o meio, cultura, conhecimento, indivíduos – como elemento crucial no desenvolvimento de criatividade.

Criatividade na educação: papel da educação no desenvolvimento do indivíduo; necessidade social/económica de elementos criativos/resolução de problemas.

TI: papel importante – interactividade, provisionalidade (capacidade de alterar conteúdo), capacidade (utilização de competências com tecnologia), alcance, rapidez, automatismo. Adaptação requer flexibilidades de tempo e espaço, potenciáveis com tecnologias móveis. Criação de ambientes de aprendizagem virtual.

Utilização criativa de TIC:
. desenvolvimento de ideias: paradgimas emancipatórios e construtivistas, construção de modelos e objectos virtuais, tecnologias flexíveis, ambientes virtuais 3D, criação de mapas conceptuais, uso de tecnologias na produção de media.
- criação de ligações: interacção entre indivíduos e instituições.
- construção de conteúdo: iniciativas de exploração criativa e criação de conteúdos digitais.
- colaboração: comunidades de prática, partilha, aprendizagem situada.
- comunicação: partilha de criações com comunidade/mundo via internet.

Implicações do uso das ti com factor criativo:
- reformulações ao espaço escolar;
- reformulações na formação de professores;
- focalização de pesquisa nesta área;
- linhas-guia de desenvolvimento curricular e de materiais de ensino.

Barreiras:
- regulação e burocracia como constrangedoras do trabalho dos professores;
- focalização em performance académica medida por exames e estatuto menor das artes na educação;
- acesso a tecnologias e a modos de trabalho que potenciem a eficácia das tecnologias.


Citações:
Digital technologies exhibit features of provisionality, interactivity, capacity, range, speed and automatic functions which enable users to do things that could not be done as effectively, or at
all, using other tools. People who are ‘ICT capable’ are certainly able to use a variety of skills and techniques with particular technologies. More importantly, they are also able to understand the reasons why digital technologies might be appropriate for particular tasks and situations, make informed choices in their use, evaluate their impact and be open to new developments and possibilities. (p:4)

A key issue in discussing and defining creativity is whether the focus is upon exceptional creative individuals, such as Albert Einstein or Charlie Parker, who shift paradigms in society’s ways of knowing, or upon all individuals and their potential for self-actualisation through ‘little c
creativity’ or ‘possibility thinking’ supporting people in making choices in everyday life (Craft 2000). (p:9)

Csikszentmihalyi identifies a common characteristic of creative people as ‘flow’ – the automatic, effortless, yet highly focused state of consciousness when engaged in activities, often painful, risky or difficult, which stretch a person’s capacity whilst involving an element of novelty or discovery (Csikszentmihalyi 1996). (p:10)

Teachers need not only access to technologies, but also a framework to promote understanding and confidence in their own creative teaching practice and professional development. (p:31)