terça-feira, 1 de setembro de 2009

Zelo

Saí de Lisboa com uma boa história para contar sobre polícias municipais e fotografias. Numa praceta para os lados da avenida de roma, onde fui passear em recordação dos meus tempos de infância, fui questionado por um agente da polícia sobre o porquê de estar a fotografar as casas da praceta. Não estava com vontade de perder tempo, de maneira que optei por responder e não dar uma lição sobre liberdade de expressão, porque, enfim, desde quando é que tirar uma fotografia é automaticamente acto suspeito?

De Londres vêm histórias piores de meros turistas a passar chatices com agentes da polícia porque fotografaram zonas consideradas sensíveis. Com um conceito de zona sensível muito lato, difuso e secreto.

Foi a primeira vez que me questionaram por algo que sempre fiz e tenciono continuar a fazer. Não gostei. Não sei se foi excesso de zelo ou ordem explícita - no local funciona agora a assembleia municipal num antigo cinema, o que explica tanta solicitude.

E sempre é a polícia municipal de Lisboa, exímia a manipular bloqueadores e que francamente não sei para que serve numa cidade já servida pela PSP. Mas também nunca vi um agente da PSP a colocar bloqueadores nas rodas de automóveis.