segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Magalhães

Tenho notado a ausência do Magalhães. Noto particularmente que o projecto foi lançado com grande fanfarra há cerca de um ano e que passados todos estes meses o seu resultado prático parece estar a dar em nada. Em parte, porque ainda estão a ser entregues aos alunos (e não faltam tão poucos quanto isso). Quanto ao seu uso na sala de aula, não se têm visto investimentos na ligação das salas das escolas do 1º ciclo com redes sem fios. A formação de professores na certificação de competências tic ficou em águas de bacalhau durante vários meses (mas talvez ainda bem, digo eu céptico como sou em relação ao conceito de formação de professores na área das tic). E neste arranque de ano lectivo começam as previsíveis histórias de máquinas com avarias, geralmente reparadas por terceiros uma vez que o apoio técnico da JPSáCouto roça o inexistente. Quanto ao seu uso pedagógico... é melhor nem ir por aí.

Ao fim de um ano diria que a virtude do projecto foi colocar um computador nas mãos das crianças portuguesas. Bem, quase colocar. Ainda faltam alguns por entregar. Tudo o resto parece ter falhado. O que não falhou foi o subsídio milionário a uma empresa, que montou um sistema de gestão de entregas e apoio técnico baseado no trabalho de funcionários públicos. E que, pequeno pormenor que descobri hoje, obriga o encarregado de educação a possuir telemóvel para poder proceder ao pagamento do computador. Todos os que forneceram número fixo ficaram em suspenso, obrigando novamente as escolas a um esforço para resolver a situação. Assim é fácil ter lucros...