sexta-feira, 8 de maio de 2009

Resmungo

O que me irrita nos utilizadores de computadores é o agir como se tivessem palas à frente dos olhos que os obrigam a olhar numa só direcção. Queixas típicas do Ubuntu: onde está o menu inciar? isto não tem word? o meu documento no word novo (geralmente dito como word vista) ficou desformatado? onde está a internet? e outras que tais. Nem com explicações pacientes a coisa lá vai nalguns casos, o que me deixa a duvidar da capacidade mental de algumas pessoas.

A conclusão que estou a tirar é a de que pouco interessa que a infraestrutura esteja em condições. Os pormenores, os bonequinhos é que têm de estar no sítio esperado. Interessa que seja bonito, não que funcione. E experimentar coisas novas é treta. As pessoas não querem mudar. Quanto mais conservador melhor, e não se importam de pagar mais por isso.

Quando lhes digo o real custo do word e companhia para um parque informático com dimensões razoáveis piscam o olho e perguntam-me se não posso instalar a coisa crackada. Aí fico pelo ar: os senhores professores que se escandalizam se um aluno tira o lápis ao colega não se importam que o software seja pirateado - sabendo que a pirataria informática equivale a roubo.

Para mim, a questão do software livre assume três dimensões. Uma pessoal, de descoberta e investigação, e duas bem prementes: a questão financeira de gestão de recursos públicos e a dimensão ética.

Mas salvem-se as novas gerações: os mais novos aderem ao ubuntu (e ao caixa mágica) sem qualquer problema. Ainda não estão formatados.