segunda-feira, 30 de março de 2009
The Bloody Ground
Bernard Cornwell (1997). The Bloody Ground. Londres: Harper Collins
The Bloody Ground é o quarto e último livro da saga de Nathaniel Starbuck, yanquee ao serviço dos rebeldes sulistas. Comparando com o primeiro, os personagens estão mais maduros, melhor delineados e endurecidos pelas violentas aventuras da guerra. O pomposo amadorismo que sustinha o tom de Rebel, primeiro romance da série, é agora substituído por nepotismos, cobardia, corrupção e traição. Starbuck, o jovem sem ideais do primeiro romance, é agora um endurecido oficial, anti-herói rude e angustiado, capaz da mais atroz violência para salvar os seus homens. O colapso sangrento dá-se na batalha de Antietam, ponto de viragem na guerra da secessão.
The Bloody Ground mostra-nos Cornwell no seu melhor, nas descrições pormenorizadas de batalhas que oscilam entre o narrador histórico apoiado nos registos e relatos e o narrador presente. A visão do leitor salta com mestria por entre a descrição histórica das batalhas, das estratégias e das decisões dos combatentes e a aventura violenta do campo de batalha. O poder de descrição de Cornwell é assinalável, fazendo-nos sentir a adrenalina e o horror da batalha.
Desconheço se o personagem de Cornwell continuou as suas aventuras pela guerra da secessão. Seria interessante ver que tratamento o autor lhe daria nos momentos finais da confederação sulista.