Deixem-me repetir: 11.304.346,54 €. Deparei com este número no fórum de coordenadores tic, onde um dos participantes partilhou o resultado de uma busca no Transparência na Administração Pública. Este valor representa o dinheiro gasto em licenças Microsoft, pago directamente à empresa ou através de terceiros, desde Novembro de 2008 a Fevereiro de 2009. Onze milhões e mais uns trocos, que poderiam ter sido perfeitamente poupados, ou melhor aplicados, caso o governo português seguisse o exemplo espanhol e investisse no software livre para a administração pública. E não me venham com a história que o software livre é muito complicado, pouco amigável, com bugs, só para cromos da informática, ou prejudicial. Se são dessa opinião, experimentem por o Ubuntu, por exemplo (para mim em particular o Ubuntu Studio, uma maravilha) ou outro dos lunux de última geração, e depois falamos.
Mas talvez esteja a ver a questão da maneira errada. Se calhar o incorrecto é instalar o Open Office a custo zero, em vez de estimular a economia com a aquisição do Office 2007, cuja versão mais básica oscila à volta dos 200€. E deveria, se calhar, desfraldar a bandeira do orgulho lusitano: em cinco meses demos uma singela contribuição para que Bill Gates regressasse ao topo da lista dos homens mais ricos do mundo.