sábado, 14 de fevereiro de 2009

Adeus, Palm OS



Guardo boas memórias deste simples e eficiente sistema operativo. Habituei-me a ele desde o meu precursor Palm Professional de 1Mb de memória (um luxo, em 1999) ao divertido Zire 31, sem esquecer o fabuloso m105 que se aguentava duas semanas num par de pilhas AAA com uso intensivo (eBooks, jogos, desenhar no TealPaint). Pioneira no campo dos PDAs, e criadora de alguns dos melhores pdas da curta história destes gadgets, a Palm sofreu de ter um departamento de gestão vastamente inferior ao departamento técnico. Podendo ser a Apple do mundo da computação na palma da mão, e tendo chegado a dominar o mercado, a empresa ficou conhecida pelos excelentes modelos (o Lifedrive foi um verdadeiro percursor do iPhone e a série Tungsten um verdadeiro fetiche digital) e pelas manobras idióticas no mercado. Chegaram a dividir-se, criando uma empresa para construir pdas e outra para explorar o sistema operativo (aventura que terminou na aquisição de uma pela outra).

Nos últimos tempos, a Palm tem-se esforçado por regressar à ribalta do seu nicho de mercado. Lançou recentemente o Pre, sério concorrente no mercado dos telemóveis touchscreen que surpreendeu positivamente quando foi revelado e que se baseia num novo SO, apelidado de webOS. Quanto ao velho palm, apesar de robusto já não responde às necessidades de equipamentos que só fazem sentido com conectividade e foi abandonado.

Quanto a mim, já é tarde. A penetração dos palms no mercado português sempre foi muito baixa. O investimento nos mais caros pdas baseados no Windows Mobile sempre me causou confusão... para quê pagar barato quando se pode pagar caro? Quando o meu fiel Zire fritou (literalmente) fiquei impossibilitado de o substituir por outro pda palm e voltei-me para os smartphones da nokia. Mesmo assim, as aplicações que me são mais úteis no telemóvel nasceram do Palm OS - o imbatível iSilo em particular. E enquanto espero pelos Androids, olho com saudade para o Palm OS.