O século XX assistiu a uma enorme explosão artística. Ao longo do século, sucederam-se movimentos, provocadores e conflituosos, que desafiaram padrões e abriram novas fronteiras estéticas.
É reducionista falar só de quatro movimentos relativos ao uso da cor. Foram escolhidos pela sua importância no desenvolvimento de novas fronteiras estéticas: o abstraccionismo pelo seu foco nos elementos formais da composição estética, o construtivismo pela sua visão utópica, o expressionismo abstracto pela sua total liberdade pictórica, e a pop art pela sua recuperação do cromatismo puro.
De fora ficou o Expressionismo, movimento que explorou as dimensões emocionais da cor, e o trabalho de um dos maiores artistas do século XX, Henri Matisse, que explorou como ninguém a expressvidade, o cromatismo e a vibração da cor.
Dos movimentos modernista ainda destacaria o Cubismo, pela radicalidade da sua visão do espaço, ainda hoje pouco compreendida, que quebrou as fronteiras perspécticas na representação visual do espaço.
O uso da cor assume também uma importância especial no Surrealismo, mas o foco deste movimento encontrava-se nas dimensões psicológicas e, em termos pictóricos, recuperou o formalismo da cor das épocas anteriores ao impressionismo. Este formalismo é particularmente evidente no perfeccionismo pictórico da obra de Salvador Dali.
Obras:
Kandinsky, W. (1989). Ponto, Linha e Plano. Lisboa: Edições 70.
Lynton, N. (1994). L'Art Moderne. Paris: Flammarion.
Moszynska, A. (1990). Abstract Art. Londres: Thames & Hudson.