sexta-feira, 9 de maio de 2008

Leituras

Business Week | The (virtual) global office As grandes empresas estão a encontrar um novo uso para os mundos virtuais, tradicionalmente considerados jogos: interligar e socializar os seus funcionários, cada vez mais dispersos pelo mundo na nova economia globalizada.

Technology Review | Building the zero-emissions city Nos Emirados Àrabes Unidos enriquecidos pelos lucros do petróleo, constroi-se uma experiência urbana que limita ao máximo as emissões de CO2. Uma mini-cidade ecológica, com capacidade para 50000 pessoas, construída no meio do deserto com os lucros provenientes da venda do ouro negro, responsável pelo aumento das emissões de CO2 e consequente aquecimento global. Há aqui um elemento de ironia. Pelo menos investe-se em tecnologias limpas, ao contrário do Dubai, que investe em ilhas artificiais, ideia que faz todo o sentido se equacionada com a previsível subida do nível médio das àguas.

BBC | Fake media file snare pc users Vírus à solta ou vingança das editoras contra os piratas? Está a circular pelas redes P2P um ficheiro multimédia que se apresenta como filme ou música mas que depois de descarregado pede a instalação de um codec que é um ficheiro de malware, infectando o computador.

Celsias | A backgrounder on the food crisis: misery is profitable Por detrás da corrente crise alimentar está a rapacidade do mercado livre. Durante décadas, os governos dos países pobres foram forçados a liberalizar os seus mercados, imposições do FMI e Banco Mundial como condições para empréstimos e ajuda internacional. Com os mercados locais inundados de importações baratas, os produtores locais foram aniquilados. Com o aumento dos preços das importações e sem produtores locais para suprir as necessidades do mercado, as populações não têm dinheiro para adquirir géneros alimentares. As grandes empresas agrícolas lucram cada vez mais, graças às suas políticas restritivas, patentes sobre sementes e apelos ao cultivo de alimentos transgénicos como forma de aumentar a produtividade alimentar. Campos agrícolas destinam-se agora à produção de biocombustíveis, diminuindo a produção mundial de alimentos. O aumento dos preços do combustível encarece os produtos, acabando com as importações baratas de géneros alimentícios. Estaremos realmente a viver uma crise alimentar? Ou estaremos a viver uma crise económica, uma crise real motivada pela aplicação de teorias económicas cada vez mais desajustadas da realidade global? No papel, a desregulamentação, o mercado livre e a liberalização funcionam na perfeição. Na realidade, estas ideias traduzem-se na rapacidade da especulação bancária e financeira, no aniquilar de pequenos produtores considerados não competitivos mas que são o tecido económicos das regiões, e o mercado livre assemelha-se cada vez mais a uma desculpa para legitimar a ganância de alguns.