O Libertino Passeia Por Braga, A Idolátrica, O Seu Esplendor
Faleceu hoje Luiz Pacheco, um dos nossos raros escritores malditos, escritor quase esquecido pelo grande público, possivelmente o escritor português com a pior fama. Pacheco era acutilante, interventivo, polémico, escatológico, incómdo. Diria que foi um Henry Miller português.
Descubro que o êxito e o fracasso são uma e a mesma cadeia e em tudo. O êxito para cima, o fracasso para baixo, e quando digo baixo digo baixo: sujidões, dívidas, vergonhas, podridão, loucura. Mas o que toma tudo igual é que ambas as cadeias se encontram, nada a fazer, meus caros, daqui a cem anos ninguém se lembra.
Talvez agora, fiel à fama dos mortos portugueses, Pacheco volte aos escaparates das livrarias, para chocar os espíritos mais conservadores. Até lá, deixo-vos com um dos poucos textos deste autor único, O Libertino Passeia Por Braga, A Idolátrica, O Seu Esplendor, que, aviso já, é leitura para estômagos fortes.