O principal potencial de sistemas como os dos quadros interactivos está no deslocar o interface de utilização do computador da secretária para qualquer superfície – quer seja quadro, especificamente, ou uma superfície minimamente adequada. No entanto, com todo este poder interactivo na ponta dos dedos, a sua utilização limita-se a uma reconversão da apresentação clássica. As ferramentas básicas de software não ajudam. Estas são muito limitadas, com pouco potencial de desenvolvimento. O elemento interactivo limita-se a um reduzido manipular de blocos de informação.
Os princípios gráficos de construção de ecrãs normalmente não são referidos, bem como elementos de design que são fundamentais para uma comunicação interactiva eficiente. É um sintoma, diria, de cegueira profissional.
Para libertar o potencial das TI, futuras acções de formação poderiam centrar-se não sobre a produção de conteúdos em softwares limitados, mas sim na dotação dos docentes com ferramentas cognitivas essenciais para potenciarem a aprendizagem de competências de acção na sociedade de informação: concepção de Sistemas Tutoriais Inteligentes, programação, domínio conceptual de competências actuantes na sociedade de informação.