domingo, 16 de dezembro de 2007

Emergir

Assistimos hoje ao emergir de uma verdadeira revolução: a Sociedade de Informação. Baseada e potenciada em redes informáticas globais, este conceito está a transformar as instituições, a economia, sociedade, a forma como pensamos, trabalhamos e vivemos.

O mundo informatizou-se, propiciando modelos de negócio, economias de escala e partilha de informação ao nível global de forma até há poucos anos inimaginável. O tempo das transformações mede-se hoje de forma acelerada. A rapidez propiciada pelas redes de comunicação à escala global é um dos factores de base da Sociedade de Informação.

Na economia, assiste-se ao surgir de um modelo económico onde a manipulação e produção de informação assumem preponderância face ao modelo de produção industrial. A propriedade intelectual e a informação digital geram maior riqueza do que a produção de objectos. O número de pessoas empregadas em funções ligadas à produção e manipulação de informação já ultrapassou, nos países mais desenvolvidos, o de pessoas em funções industriais. A nova economia gera novos lucros, modelos de negócio, tipos de trabalho e de organização empresarial.

Social e culturalmente, a Internet veio revolucionar a forma de acesso à informação. As paisagens mediáticas fragmentaram-se, temos na ponta dos nossos dedos vastas bibliotecas de informação. O papel dos media tradicionais, ainda influentes, está a ser erodido por uma verdadeira explosão de media individuais. As comunidades virtuais assumem cada vez maior importância na vida dos utilizadores. O virtual, nas palavras de Paul Virilio, invade o real. As instituições políticas e sociais lutam para se adaptar à nova realidade, enquanto são influenciadas pelas novas ideias geradas pela Sociedade de Informação.

Os factores fundamentais da Sociedade de Informação estão na aceleração, no descentramento e a anulação da geografia trazidas por redes globais de comunicação apoiadas em cabo, satélite, celular e meios de transporte rápidos que ligam qualquer ponto do planeta em limites temporais que vão das horas aos milissegundos. Daqui emerge uma nova forma de pensar e organizar a sociedade.