domingo, 25 de novembro de 2007

Leituras

Globe and Mail | Online games meet social networking Depois dos jogos online multijogador e dos sites sociais, a necessária convergência: jogos sociais online multijogador, combinando os elementos interactivos do jogo com os elementos interactivos dos sites sociais (que, de certa forma, levaram a coscuvilhice a níveis... globais). O amigerafo Second Life é apenas um de muitos jogos que querem apelar a novas gerações de jogadores, mesmo que estas novas gerações tenham já cabelo gruisalho.

BBC | Young warned over social websites Quando abordamos a questão da utilização de sites sociais pelas crianças e jovens, ficamo-nos sempre por alarmismos sobre os predadores que aguardam as crianças incautas neste tipo de sites (um alarmismo justificado mas gerível com tutoria por parte de pais e professores) ou resmungos sobre a cultura dos jovens de hoje em dia. Há um outro aspecto, socialmente arrepiante: os perigos futuros que espreitam um jovem que orgulhosamente coloca na sua página social fotografias das festas onde foi, ou que publica as suas opiniões. Que perigos futuros? O facto de empregadores e instituições educativas avaliarem os candidatos a empregos e a cursos já não só a partir de currículos académicos e profissionais. Utilizam activamente os sites sociais para determinarem, através dos perfis dos candidatos em sites como o Facebook, Hi5 ou outros, se as opiniões pessoais e estilo de vida destes se coadunam com aquilo que a instituição pretende. Sem desvalorizar os riscos da predação online, este risco é arrepiante: pensar que o acesso à educação e ao emprego é condicionado não pelas capacidades e competências do indivíduo, mas sim pelas suas opiniões e estilo de vida. Voltámos aos tempos da mais insidiosa censura, particularmente arrepiante porque não é exercida por um corpo político mas sim por uma míriade de indivíduos que tomam decisões num oceano de organizações, fazendo emergir como padrão uma cultura de trabalho que se imiscui na vida privada dos indivíduos. Arrepia ouvir, ou ler, que ao decidir o perfil de um funcionário uma empresa dê importância à vida privada deste, sendo isso considerado perfeitamente normal e aceitável.

O que se seguirá? Queima de livros na praça pública?

Guardian | $100 oil: the terrible truth Com os preços do petróleo em continua ascensão, convém reflectir no porquê destas subidas, se o petróleo nos parece tão abundante. Por um lado, os especialistas falam no atingir do pico de produção, lá para 2010, a partir do qual as reservas de petróleo se começam a esgotar. Por outro lado, apesar de todas as políticas de incentivo às energias alternativas, a verdade é que a procura mundial de petróleo está em níveis cada vez mais elevados, ao que não é alheio o legítimo factor do desenvolvimento da Índia e da China. Finalmente, temos decisões políticas que superestimam a abundância e a existência de reservas de petróleo. Apesar de nadarem em lucros, as petrolíferas começam a mostrar alarme perante esta conjugação de factores, que leva os abientalistas à fúria e os economistas ao desespero. Desta vez, a mão invisível do mercado até nos está a ajudar: com a flutuação dos preços do petróleo em direcção a níveis cada vez mais elevados, está-nos a apontar a direcção do futuro.

Guardian | Cruise of a lifetime ends with its passengers adrift in icy waters off the coast of antarctica É um fait-divers, mas irresistível, esta história deste navio de cruzeiro (na realidade, um quebra-gelo adaptado) que se afundou após colidir com um iceberg na Antártida. Para esta história ser mais curiosa, só faltava que o navio se chamasse de Titanic...