sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Leituras



Reuters | World's oldest wall painting unearthed in Syria Arqueólogos franceses descobriram aquela que, com 11000 anos, é a mais antiga pintura numa parede até agora descoberta. Estamos a falar de pinturas nas paredes, não nas cavernas. É algo de fascinante - graças aos vestígios do império romano, especialmente em Pompeia, chegaram até nós exemplos de pintura mural romana, ou graças às tumbas egípcias exemplos da pintura mural egípcia. Do resto, do intenso cromatismo da antiguidade, pouco nos resta. Há fragmentos, muito belos, da civilização minóica. Só muito recentemente se percebeu que a beleza fria e esbranquiçada da estatuária grega era um mito - a brancura do mármore era recoberta por vibrantes pigmentos, que não sobreviveram à inclemência da passagem do tempo. Da obra de Apeles, aquele pintor grego que eu tanto gosto de citar em latim, apenas restam histórias contadas pelos seus contemporâneos. Um curioso pormenor deste achado pictórico do dealbar da história prende-se com o aparente modernismo da composição - um dos arqueólogos comparou o mural ao estilo estético de Paul Klee, um dos grandes abstraccionistas do modernismo do século XX. A história, e a estética, às vezes parece que fazem um círculo completo. A SCiAM também cobre esta curiosa história. Na Reuters, uma pequena apresentação de slides.

BBC | Landmark lift off for space crew No dia 10 descolou do cosmódromo de Baikonur uma nave Soyuz em missão para a ISS. Esta missão fica registada para história por duas novidades - a bordo da Soyuz segue o primeiro astronauta da Malásia, Muszaphar Shukor, e Peggy Whitson, que se tornará na primeira mulher a comandar a Estação Espacial Internacional. Como detalhe final, é de referir que Shukor, como bom muçulmano, não deixará de cumprir os seus rituais religiosos, tendo os mesmos sido adaptados à nova fronteira por um grupo dos mais destagados clérigos muçulmanos da Malásia.

Washington Post | A script for every surfer Imaginem que o alfabeto latino e o inglês não eram a língua dominante na internet. Imaginem que o cirílico, o chinês, o kanji ou o arábico eram os caracteres que teríamos de inserir nos browsers para navegar na interweb. Complicado, não é? Agora virem tudo ao contrário e compreendem porque é que a web se deve internacionalizar. O ICANN irá brevemente começar a testar nomes de domínio em caracteres não latinos, mas já há experiências levadas a cabo a nível nacional.