domingo, 23 de setembro de 2007

Leituras

BBC | UK has plutonium for 17000 bombs O Reino Unido tem armazanedos, sob a forma de resíduos nucleares, plutónio suficiente para armar 17 mil bombas nucleares. Parece que Washington, no caso da emergência de um hipotético califado islamo-saxão, já tem planos de invasão.

Guardian | The flip side of a miracle O fenómeno da imigração, paradigma social contemporâneo alicerçado nos movimentos populacionais entre regiões desfavorecidas e regiões económicamente pujantes, revela o que há de melhor e de pior na humanidade. Entre o melhor, temos a coragem dos imigrantes, capazes de tudo em busca de uma vida melhor. Há que admirar a coragem desesperada daqueles que atravessam países e desertos, se fazem ao mar em frágeis barcos, atravessam quilómetros e quilómetros de terras estranhas em busca de uma vida melhor. Chegados ao destino, o pior da humanidade revela-se, com a exploração desumana e sistemática destes que são considerados pessoas de segunda nos países de acolhimento.

Guardian | Free data sharing is here to stay E qual é a novidade num artigo de Cory Doctorow a defender a primazia da partilha de informação online? Radicalismos à parte, é certo que o homem tem alguma razão. A internet veio modificar radicalmente os mecanismos económicos de troca de informações, com algumas consequências desastrosas (caso da indústria musical, sériamente danificada pela partilha online de ficheiros - e ainda bem, tendo em conta a falta de qualidade dos seus sucessos financeiros) mas também com consequências inesperadas. Resta agora encontrar uma forma de... fazer dinheiro a partir do que é gratuito.

Lifeboat Fundation | Top Ten Transhumanist Technologies (Ou TTTT, para encurtar.) Deliciosa, esta projecção de futuras tecnologias que se lê com o mesmo fascínio com que se lêem velhas previsões futurológicas de eras anteriores que prometiam carros movidos a energia nuclear, colónias lunares nos anos 80, manufactura industrial em órbita, robots ajudantes no lar ou jetpacks pessoais. Como todas as futurologias datadas, esta está alicerçada na projecção futura de tecnologias que já existem, hoje em dia. Neste top ten encontramos os suspeitos do costume nas futurologias cyberpunk: criogenia como forma de preservação post-mortem que assegure uma futura ressurreição; a emergência da realidade virtual como um ambiente social; terapias genéticas como panaceia universal para os males que afligem a saúde humana; colonização do espaço, com as habituais previsões de que a cintura de asteróides, se devidamente o'neillizada, poderia albergar triliões de pessoas; as próteses cibernéticas como forma de aumentar as capacidades humanas; robots autónomos auto-replicantes, máquinas capazes de construirem novas máquinas; manufactura molecular, alicerçada nesse graal contemporâneo que é a nanotecnologia (sem esquecer os pesadelos com a gosma cinzenta gerada por nanomáquinas ensandecidas); megaengenharia, capaz de intervir ao nível do sistema solar; digitalização da mente humana, um dos velhos sonhos de libertar a mente dos grilhões da carne; e, para finalizar, a eterna promessa de inteligências artificiais puras. Não há aqui muitas novidades; encanta o puro optimismo e a esperança num futuro melhor.