quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Leituras

Sky News | Congo: More Than 100 Die From Ebola O nosso vírus altamente mortífero favorito está de volta, com uma virulenta epidemia a grassar em zonas remotas do Congo.

TSF | Comissário europeu quer bloquear pesquisas na net Num acesso de particular brilhantismo, o comissário europeu Franco Frattini, responsável pela comissão de justiça e segurança, quer combater o terrorismo e as organizações de extrema direita restringindo o uso da internet na União Europeia. O comissário gostaria de ver obrigatória a imposição de filtros que bloqueassem o acesso dos utilizadores europeus a sites que contivessem palavras "proibidas" - palavras como genocídio, o que, por exemplo, bloquearia o acesso a sites sobre o colapso da Jugoeslávia (ainda se recordam desse país) ou a sites sobre o Holocausto. É de louvar, o excepcional brilhantismo e o talento para propôr a restrição da liberdade de expressão em nome da segurança. Uma ideia que parece retirada do manual de instruções de segurança interna de um qualquer regime totalitário (como a China, que bloqueia activamente a internet).

Guardian | The erasing of Iraq Lembram-se da teoria do shock and awe, a blitzkrieg moderna, desenhada para fazer colapsar as mais impressionantes maquinarias militares? Naomi Klein analisa o aniquilar do Iraque, cuja sociedade, cultura, economia e herança cultural foram arrasados após a intervenção americana à luz das terapias de choque.

Correio da Manhã | Segurança: Privados na PSP e GNR Já se sabe que o grande objectivo inconfessável deste inefável governo socrático é o de desmantelar a administração pública, sob a justificação da eficiência, para entregar à iniciativa privada a resolução de necessidades até agora asseguradas por serviços públicos. Acontece na saúde, onde a tão badalada racionalização da rede levou ao encerramento de hospitais e centros de saúde considerados como "desnecessários" tendo, logo de seguida, aberto clínicas privadas nas localidades onde os centros públicos fecharam; acontece na educação, onde o esforço de renovação da rede escolar ou o tão necessário reforço da rede de creches está a privilegiar o paradigma dos colégios semiprivados, o que está, de facto, a criar um sistema de ensino de dois tipos, em que os "bons" meninos ficam no colégio e os "maus" são encaminhados para a rede pública, com a perfeita conivência dos pais e encarregados de educação, que iludidos pela fama da ideia de colégio admitem a imposição de regras às crianças que não admitem quando as mesmas frequentam a escola pública (para mim, um dos mais bizarros paradoxos); e agora o próximo alvo é a segurança, com planos governamentais para entregar funções até agora da competência das polícias a empresas de segurança privadas - um pouco como já acontece em Lisboa, onde foram entregues a uma entidade privada competências pertecentes à polícia para que a entidade privada proteja melhor os seus interesses.