O meu amigo Anastácio desafou-me aqui há uns tempos, através de uma daquelas correntes de posts em blogs, a deslindar uma lista dos dez livros que menos me influenciaram. Os dez livros menos importantes da minha vida, dez obras perfeitamente dispensáveis, dez tomos que seriam mais úteis para acender a lareira do que para enriquecer (ou henriquecer?) o espírito.
A tarefa não é fácil, especialmente para quem reverencia a literatura, na sua extraordinária e vibrante multiplicidade de formas. Não é que não hajam maus livros, mesmo levando em conta a ideia de Henry Miller de que no meio de centenas de páginas de pura merda se poderia sempre encontrar uma frase que redimiria uma obra, um escritor. Não é que não nos cruzemos, ao longo das nossas leituras, com livros que nos passam ao lado, com livros que nos desiludem. Mas a mim parecem-me tão poucos...
Tenho dado voltas aos miolos em busca de obras perfeitamente inúteis para a minha vida. Até agora só me consegui lembrar de um livro, The Unlimited Dream Company uma obra desconexa e incerta de J. G. Ballard. Um livro que me desiludiu, de um dos meus autores favoritos.
Quando tiver pronta a lista dos dez digo qualquer coisa sobre os livros. Até lá, silênzio lá...