"Au fond, não existe semelhante coisa chamada literatura, não existe arte, religião, civilização. Nem sequer existe humanidade. Au fond, não existe nada a não ser a vida, que se manifesta de formas insondáveis. Viver, estar vivo, é partilhar do mistério."
Mais uma vez, Henry Miller, que sempre surpreende pela profundidade da sua reflexão e pelo seu amor à palavra. Um grito de desespero? Não, um aviso à navegação, um lembrete do precioso que é a vida. Se não se vive não faz sentido criar, sem sentir não há algo para exprimir.
Exprimir, ou espremer?
(E sim, eu sei que expressão se escreve com X. Rescaldo de Henry Miller.)