O blog vai andar em read-only mode durante os próximos dias. Final do ano lectivo assim obriga. Demasiado trabalho, pouco tempo. Durante os próximos dias a minha luta será triplicada; tenho de relembrar que brio e profissionalismo não é só mérito, é também sentido de realidade. Ou seja, tenho de encontrar forma de fazer avançar alguns alunos que, por mérito próprio, estão chumbados. Mas não ficam a fazer nada retidos; não é um ano perdido que os vai fazer trabalhar e recuperar, isso em alguns casos funciona, na maior parte não; para quê ter 14 anos e continuar no sexto ano? É, apenas, mais um ano perdido. As famosas novas oportunidades educativas, lançadas agora com tanta fanfarra, continuma àquem do necessário - os cursos práticos, de vertente tecnológica, já deviam iniciar-se a partir do sexto ano e não do nono. Nunca mais se perde o preconceito da escolaridade única obrigatória até ao nono ano, ou até aos quinze (o que vier primeiro, e já apanhei alunos no 5º ano com 15 anos). Há décadas que o ensino de bitola única demonstra ser inadequado e prejudicial a boa parte das crianças. Mas enfim, vivemos num país de teorias, e se a realidade não se adequa à teoria, culpa da realidade. Agora alterar teorias e paradigmas, nas imortais palavras do ministro das obras públicas , jamais em sotaque francês (isto escrito pelo tipo dos soi disants). Por vezes, ser professor neste sistema educativo é como aparafusar parafusos quadrados em buracos redondos.
Por isso, read-only mode que tenho muita gente para convencer. Soi disant...