sábado, 24 de fevereiro de 2007

Leituras

BBC | Advanced geometry of Islamic art Já se sabia que os intricados padrões geométricos da arte islâmica eram matemáticamente avançados para a época - o Alhambra, por exemplo, contém na sua azulejaria todos os exemplos possíveis de tesselações, mas observações mais aprofundadas revelam que os artesãos medievais que criaram os elaborados padrões da arte islâmica pareciam ter um conhecimento intuitivo de formulas matemáticas complexas. É de lembrar que os padrões elaborados da arte islâmica tiveram origem nas proibições corânicas de representação da figura humana.

BBC | Emotion robots learn from people Um projecto europeu intersecta a robótica com a psicologia e a neurociência. O objectivo é o de desenvolver robots capazes de aprender através da observação dos homens, capazes de responder de formas socialmente e emocinalmente correctas. Ontem, chimpanzés capazes de utilizar lanças; hoje, robots capazes de mostrar emoções. E amanhã? A terra como um ecossistema planetário sentiente e consciente?

Guardian | The US psychological torture system is finally on trial Combater a guerra contra o terror com terror: o uso de tortura e métodos de interrogação desumanos por parte dos serviços secretos é uma daquelas verdades que todos conhecem mas ninguém afirma. Passa-se tudo no mundo nebuloso da espionagem e das operações especiais, e o secretismo e a utilização de métodos desumanizantes são justificados em nome da defesa dos nossos ideias de liberdade e justiça. Mas às vezes os coelhos mais escondidos saltam da cartola: o julgamento em tribunais civis de um cidadão norte-americano está a revelar publicamente a tenebrosa extensão do uso de tortura física e psicológica por parte dos serviços secretos norte-americanos; e a revelar que torcionários serão sempre torcionários, independentemente dos princípios sob os quais justificam a sua conduta desumana.

The New York Times | A Google package challenges Microsoft O Google dá mais um passo no domínio da economia virtual, com um projecto destinado a oferecer às empresas a utilização do email, do Google Docs e do Google Spreadsheets com um preço muito baixo. Para quê pagar o que se pode utilizar de graça? A Google oferece maior espaço para armazenar dados e apoio técnico, bem como um serviço sem anúncios. A médio prazo, esta iniciativa poderá ser uma séria ameaça à Microsoft, cuja imensa riqueza depende da venda de software. O "office" da Google ainda não está tão avançado com o Office da Microsoft, mas a longo prazo podemos observar dois novos paradigmas - o do uso de software que reside não no nosso computador mas na rede, acessível remotamente a partir de qualquer computador; e o fim do modelo de negócio que consiste na venda de um produto final, em direcção a um negócio de aluguer de serviços técnicos e espaço de servidor a clientes profissionais que têm de cumprir normas de segurança restritas. Se bem que este direccionamento do software do computador para a rede não é uma mudança, é mais uma mutação.