BBC | Amazon boss shows off spacecraft Um dos grandes méritos do X Prize foi o voo da SpaceShip One. Mas o projecto de Burt Rutan foi um de entre muitos a concorrer ao prémio que dava um milhão de dólares à primeira equipe privada a conseguir atingir o limite da atmosfera com uma nave reutilizável e a uma fracção do custo dos lançamentos em foguetões mais convencionais. Muitos dos projectos aeroespaciais ficaram pelo caminho, traídos pela falta de fundos ou em ruínas fumegantes de tecnologias falhadas (o projecto DaVinci canadiano previa lançar um foguetão a partir de um balão). Mesmo após a "vitória" de Rutan, com o posterior apoio da Virgin, outras empresas continuam a desenvolver o sonho de foguetões baratos e reutilizáveis que massifiquem o acesso ao espaço. A Blue Origin, financiada pelo dono da Amazon, revelou agora um video do primeiro voo do Goddard, o seu primeiro foguetão sub-orbital. É mais um passo na paciente caminhada em direcção ao espaço.
(Como referência, ao lado de Constantin Tsiokolvsky, Robert Goddard foi um dos pais da astronáutica.)
Guardian | Going off the record A gigantesca Tower Records está a encerrar as portas das suas discotecas um pouco por todo o lado, mercê de um modelo de negócio que não sobrevive na era do mp3. Perde-se o velho mundo da busca entre os discos e os cds, neste admirável mundo novo do download. Os mais nostálgicos referem que se perderá diversidade; geralmente, faz-se o download do que já se conhece. Mas é de fazer o reparo que a indústria da música se assassinou a si mesma. Como membro da geração que cresceu nos anos 80 e 90, assisti ao assassinar da expressão musical por uma indústria apostada em maximizar os lucros através da promoção agressiva de bandas pop enlatadas e artificiais. Perdeu-se assim o respeito pela obra musical, com a ênfase no sucesso que vende o album recheado de canções anódinas e entediantes. Tanto lixo nos obrigaram a ouvir que agora, perante o mundo do mp3, preferimos piratear o lixo a dar dinheiro por ele. A internet está a derrocar o negócio da música, enquanto se revela um instrumento fulcral para as bandas se darem a conhecer - as bandas de músicos empenhados, dispostos a revelar a sua criatividade, e não as dos produtos pré-cozinhados de que as discográficas tanto gostam.
Um reparo: os utilizadores dos sistemas de partilha de ficheiros não sabem o que andam a perder. Enquanto pirateiam, alegremente, os sucessos que vão passando na rádio ou as memórias nostálgicas dos discos da juventude, perdem a oportunidade de escutar as fabulosas novas sonoridades que se revelam no MySpace ou nos blogs de mp3. Mas faz um pouco parte do espírito humano querer sempre mais do mesmo...
Guardian | Japan to revise pacifist position Após a derrota na II guerra mundial, por entre os escombros da única nação a sofrer um ataque nuclear, o Japão deixou para trás o seu aguerrido passado militarista e comprometeu-se com o pacifismo enquanto política nacional. As forças armadas, embora bem equipadas e preparadas, são apenas forças de auto-defesa, impedidas de participar em missões fora do território japonês. Nos últimos tempos, com a participação de forças nipónicas em missões de paz ao abrigo da ONU, com a presença no Iraque e com a ameaça crescente de uma China cada vez mais forte e de uma Coreia do Norte armada com ogivas nucleares, os japoneses começam a dar sinais de que desejam ter uma política militar mais aguerrida. Aumentaram o orçamento das forças militares, promoveram a humilde agência de defesa a ministério, e pretendem modificar a constituição japonesa (que proíbe expressamente a deslocação de soldados para fora de território japonês) para permitir a participação japonesa em missões de paz com a capacidade de se envolver activamente nos conflitos.