BBC | Robot heading for Antarctic dive Os oceanos que banham o mais fascinante dos continentes vão ser investigados por uma missão científica britânica que contará com o Isis, um rov capaz de mergulhar até seis quilómetros de profundidade. Que maravilhas se ocultarão debaixo das àguas geladas do continente branco?
Guardian | A return to the politics of envy could serve us well Não deixa de ser surpreendente que na era dos estados sociais, dos serviços públicos e do acesso generalizado à saúde nos países desenvolvidos, as desigualdades estejam a crescer. Enquanto a larga maioria vê os seus rendimentos crescerem cada vez menos, uma minoria enche-se literalmente de dinheiro enquanto colhe os elevados lucros do seu trabalho. À partida, não deveria haver problemas de aceitação daqueles que ganham quantidades enormes de dinheiro, se esses lucros forem legais. O problema é que os super-ricos criam novos mercados; o mercado habitacional, por exemplo, sofre uma pressão crescente de preços causada pela oferta de casas àqueles que podem pagar milhares de euros sem pestanejar pelas casas que lhes agradam. De fora ficam aqueles que, apesar de trabalharem, não reúnem o dinheiro suficiente para adquirir uma casa a preços inflacionados (e aqui na Ericeira pergunto-me: quantos são os filhos da terra que podem comprar casa na sua terra?). O desiquilíbrio na oferta e na procura também se revela no comércio, com dois pólos diametralmente opostos - o comércio de luxo, destinado aos afluentes, que progressivamente abre novas e elegantes lojas nas zonas nobres da cidade, e o comércio de grande superfície, que estrangula o chamado "comércio tradicional" mas que é apenas aquele comércio que responde às necessidades locais. O poder da afluência também se nota na redistribuição de riquezas permitida pelos impostos. Aqueles que muito ganham conseguem sempre pagar a bons contabilistas que lhes façam a contas de forma a esquivarem-se o mais possível aos impostos, e a colocar o pouco rendimento ainda colectável em contas offshore, longe dos tentáculos das finanças. O resultado? Aqueles que menos ganham a suportar os sistemas sociais. Não considero que haja assim tão grande escândalo com os estilos de vida daqueles que têm muito. Isso pouco me incomoda. O que me incomoda é que tantos estão cada vez mais empobrecidos, e cada vez mais a base social que lhes poderia proporcionar oportunidades está a ser erodida. Porque aqui também entra o idealismo: enriquecendo à custa do mercado livre, os ricos procuram influenciar as políticas governamentais com os ideiais que lhes parecem naturais - o mérito, o privado sobre o público. Para quê sistemas públicos de ensino, quando os privados apresentam melhores resultados? Claro que o sistema público garante igualdade de oportunidades a um largo espectro da população, e o privado apenas garante oportunidades àqueles cujos pais podem pagar a propina, mas isso não é discutido. E este é um pequeno exemplo, num mundo cada vez mais desigual.
Guardian | Return of warlords as Somali capital is captured A ofensiva do governo somali, apoiada por tropas pesada etíopes, está a ser mais be sucedida do que o esperado, com os guerrilheiros dos tribunais islâmicos a retiram para sul. No vazio de poder, os velhos senhores da guerra somalis voltaram a exercer o controle sobre as suas zonas de influência. Prevê-se a continuação da violência e caos. Quanto aos islamistas, espera-se agora que da sua base de Kismayo iniciem uma campanha de guerrilha, uma jihad contra as forças combinadas dos senhores da guerra, do simbólico governo somali, e das tropas etíopes. Sabendo que os islamistas contarão com o apoio dos países àrabes e da Eritreia, inimiga fidagal da Etiópia, juntar-se à mais um conflito à longa e sangrenta lista de conflitos num país que só o é no mapa de papel.