segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Leituras

Strange Maps Um blog sobre... mapas. Mas não os mapas habituais. Encontram aqui mapas politico-demagógicos, mapas-propaganda, mapas de terras inexistentes, mapas de curiosidades históricas.

BBC | Smart homes a reality in South Korea Abençoados tempos em que vivemos, em que o futuro parece coisa do passado. As famosas casas inteligentes, ainda um brinquedo raro ou mera curiosidade tecno-arquitectónica, já se estão a banalizar na Coreia do Sul. Com um toque no telemóvel ou uma dedada num ecrã sensível ao toque tudo é controlável e ajustável. Só falta a casa limpar-se sózinha, ou, como numas fabulosas ilustrações dos anos 50 publicadas na Popular Mechanics, bastando uma mangueirada para que toda a sujidade se dissolvesse, bem como aos objectos que se sujam no dia a dia - adeus aos pratos de porcelana, bem-vindos ao mundo dos descartáveis.

Pelo estado das nossas lixeiras e do nosso ambiente, os sonhos dos anos 50 poderão não ter sido realizados ao pormenor, mas o essencial foi realizado.

Guardian | Is this what the final frontier has become? A golf course? Indignações às voltas com a proeza publicitária que colocou um cosmonauta russo a jogar golfe em órbita para um anuncio a uma marca de equipamentos para este desporto. Não foi um momento alto da história da exploração espacial, mas uma coisa é certa: a exploração espacial custa caro, e os dinheiros para a financiar podem por vezes vir dos locais mais inesperados. Também torço o nariz quando vejo as viagens orbitais como o trabalho científico de muitos e as férias extravagantes de um punhado de multibilionários, ou os voos sub-orbitais como desporto radical para aventureiros de bolsos cheios. Mas a democratização do espaço tem de começar por algum lado. Devemos é nunca esquecer que o sonho de ir cada vez mais além serve para expandir as fronteiras da alma humana, não para colocar logotipos (e pizzas) em órbita.

The New York Times | U.S. finds Iraq insurgency has funds to sustain itself Um recente estudo levado a cabo por serviços secretos descobriu que aquilo que os americanos insistem em eufemísticamente chamar de insurreição iraquiana é financeiramente auto-sustentada. O financiamento para os combates vem de uma rede solta de fontes financeiras que inclui contrabando de petróleo, donativos, desvios devidos a corrupção e lucros de raptos. Fala-se numa capitalização que oscilará entre os 70 a 200 milhões de dólares por ano, com especial ênfase no patamar mais elevado. Quem sabe, dentro em pouco não veremos a insurreição iraquiana cotada na bolsa de Nova Yorque...