sábado, 21 de outubro de 2006

Leituras

BBC | Single on a memory stick for Keane Sempre a queixar-se das manigâncias da pirataria, a indústria discográfica procura novos métodos de venda de música nos novos mercados. Desta vez, estão a vender pen drives com singles incluídos, o que até é útil - quando a mediocridade da música se tornar demasiado óbvia, o destino do formato não será igual ao daqueles discos e cds que temos escondidos dentro de uma caixa no sótão. Como sempre, o esquema mais óbvio de evitar a pirataria digital fica de lado. As empresas discográficas deviam permitir a pirataria, cobrando aos ISPs uma taxa, uma vez que são estes quem realmente lucra com a pirataria na rede. Por sua vez, os ISPs fariam reflectir essa taxa no custo final do acesso à internet, de acordo com o volume de dados transferido pelo cliente. Um esquema semelhante aplica-se à décadas ao serviço público de rádio e televisão.

Correio da Manhã | Governo lança ultimato O ministério da educação avisou os sindicatos de que se não colaborarem da forma como o ministério quer, aprova sozinho as leis que quiser. Se o ME vai ser impopular, então governam com acham melhor, dizem os altos responsáveis do ministério. Ponto final. É este o país em que vivemos - em que ministérios não estão para perder tempo a respeitar a vontade dos eleitores, onde protestos pacíficos são contrariados com queixas-crime e tácticas de combate.

TSF | Partidos apoiam videovigilância, só BE contra Está a passar despercebida uma medida governamental que vai permitir a instalação de câmaras de video nos táxis para vigiar os clientes e assim aumentar a segurança dos taxistas. Ninguém se está a opor a esta medida, que representa uma enormidade do ponto de vista da privacidade. A partir da entrada em vigor desta medida, todos os clientes de taxis passam a ser filmados, o que constitui uma óbvia devassa à sua privacidade. A ideia por detrás é esta - com a videovigilância, os operadores podem detectar situações de ameaça ou assalto a taxistas. É difícil dizer que não a uma medida que visa melhorar o nível de segurança de uma profissão tão exposta. Mas desta maneira não pode ser - o direito à privacidade está a ser espezinhado.

The Times | The $1bn trade that is beyond the eyes of the law Um toque necrófilo para terminar as leituras: o nebuloso tráfico de partes de cadáveres é uma indústria altamente lucrativa. Um corpo pode valer até 150.000$ (mais ou menos o mesmo em euros) se decomposto nos seus órgãos, pele e ossos.