sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Leituras

BBC | Free anonymising browser debuts Aqueles que pensam que na net somos todos anónimos que se desenganem - a quantidade de informação que nos permite identificar é monumental. Desde as passwords aos cookies, passando pelos logs dos sites, tudo é registado, inclusive a informação mais essencial - o endereço de IP que nos é atribuído. Para aqueles que desejam navegar em perfeito anonimato, foi agora lançado o Torpark, um browser derivado do Firefox que garante total anonimato, através do uso de servidores anónimos da EFF e de encriptação automática de dados entre os servidores e o nosso terminal. Para melhorar, é um software portátil, que pode correr a partir de uma ubíqua pen drive. Este software não é para criminosos, pedófilos ou piratas da internet. Esses já fazem o que fazem em perfeito anonimato e muitas vezes impunemente. É para os utilizadores comuns, muitas vezes apanhados em armadilhas de roubo de identidades.

Guardian | The threat is from those who accept climate change, not those who deny it Um conceito radical - a maior ameaça para o ambiente não são aqueles que negam a existência de problemas ambientais, mas sim aqueles que os reconhecem - e depois pouco fazem para os resolver. Mea culpa. Tenho de passar a reciclar mais. Andar menos de carro. Consumir menos energia.

TSF | Nenhuma empresa sobreviveria gerida como Portugal Com um quê de sebastianismo, os maiores empresários portugueses apresentaram recentemente um conjunto de ideias para salvar Portugal do futuro tenebroso. Entre elas, temos: a descida dos impostos sobre os lucros das empresas - como se a fuga aos impostos através de artimanhas financeiras não fosse práctica comum; privatização de serviços públicos - sob a cobertura da eficiência, prestam-se os mesmos serviços em piores condições e abrem-se novos mercados, logo novas perspectivas de lucro, antevendo-se já a educação, a saúde, a justiça e a defesa totalmente privatizadas ou subcontratadas a operadores privados; um relaxamento das leis laborais que permitam aos patrões despedir os seus mal pagos empregados a torto e a direito; e, claro, a eliminação de duzentos mil funcionários públicos - talvez não por fuzilamento ou deportação, bastando o simples despedimento. No fim de contas, o estado dá maus exemplos - emprega pessoal a longo prazo, sem o eufemismo da flexibilidade de carreiras que as empresas utilizam para despedir pessoal mais velho, com melhores salários, para contratar pessoal novo a baixo custo e fornece serviços aos cidadãos de forma gratuita. Além disso, como bem se sabe, tudo o que não der lucro simplesmente não interessa.

I Saw The Best Minds Of My Generation Destroyed By Google Bruce Sterling no seu melhor com um conto curto em que nos desvenda a perfeita distopia da utopia do futuro próximo.