domingo, 27 de agosto de 2006

Leituras

BBC | Atlantis set for weekend launch Constrção civil num nível cósmico: se tudo correr bem, parte esta tarde do Kennedy Space Center uma missão do vai-vém Atlantis. Destino e missão: a estação espacial internacional, cujo calendário de construção está paralisado desde o desastre do Columbia. Num toque triste, é de aproveitar estas missões do vai-vém - são o seu canto de cisne, os últimos voos antes da entrada em serviço do CEV-Orion, que todos esperam que insufle um novo fôlego na exploração espacial. O fim do vai-vém será o fim de uma era, em que o sonho de ir às estrelas não caminhou, mas não deixou de gatinhar um pouco.

Correio da Manhã | Comboios para a Bósnia Sem grande alarido, a empresa de manutenção dos Caminhos de Ferro portugueses está a terminar um contrato de construção de vagões de comboios para a Bósnia-Herzegovina. Para o futuro pensa-se numa expansão, com a possibilidade de venda de comboios de concepção 100% portuguesa. Enquanto isso, a Bombardier vai liquidando o que resta da Sorefame, a empresa portuguesa que construía comboios. Fica no ar a pergunta: precisamos mesmo dos investimentos estrangeiros?

Guardian | Digital Maoism Ainda as repercussões das meditações de Jaron Lanier sobre a Wikipedia e os perigos das mentes grupais. Desta vez, consubstânciadas na génese do medíocre filme Snakes on a Plane, que só existe devido aos esforços colectivos dos internautas.

Guardian | Saviour of Iraq's antiquities flees to Syria O sucesso da aventura iraquiana no Iraque está a conduzir o país a uma verdadeira guerra civil entre facções religiosas. Os artefactos históricos são uma das vítimas de facções governamentais shiitas, ligadas ao clero muçulmano, mais interessadas na recente história religiosa do que na rica história dos povos que habitaram o Iraque nos séculos que antecederam maomé. Antecipando o interesse pela preservação de artefactos arqueológicos pela parte de fiéis crentes admiradores daqueles que no afeganistão destruíram os Budas de Bamiyan a tiros de canhão, o director do museu arqueológico iraquiano escondeu-se na Síria, temendo pela sua vida. Os fundamentalismos cristãos que dominaram a europa não foram flor que se cheirasse; e esta recente internacionalização do funamentalismo islâmico demosntra-nos que o barbarismo está vivo e de boa saúde. O problema, creio, reside na inextirpável doença que é a religião, um mal mental que a humanidade parece ser incapaz de erradicar.