quinta-feira, 8 de junho de 2006
Evil Eye
ONZE foram o número de horas seguidas que passei na escola a trabalhar. Onze. Horas. Seguidas. Saí de casa ao nascer do sol e regressei ao pôr do sol. Grande parte dessas horas não as passei a arrastar papeis de uma secretária para outra, que é a principal actividade produtiva nas famigeradas empresas privadas. Passei-as com os alunos a pintar, preparar materiais, envernizar objectos, criar objectos, ajustar trabalhos, preparar exposições. Outras horas houve que as passei em reunião.
Desculpem lá o desabafo. Supostamente, devia ser fiel ao que pensam da minha classe e ficar em casa a fingir que estava doente. Desculpem lá, senhora ministra e senhores comentadores e jornalistas, esta minha desfacatez em não me enquadrar na imagem que vós quereis que seja a minha.