segunda-feira, 5 de junho de 2006

Consolo

Calor. Constante matraquear das vozes dos miúdos. Mais calor, o sol ardente que aquece os edifícios e nos deixa sedentos, incapazes de sequer falar. Constante matraquear das vozes dos miúdos. Mais trabalho do que tempo disponível para o fazer. Constante matraquear das vozes dos miúdos. Calor. O cérebro sente-se esmagado pela pressão do cansaço. É como se tivesse um peso de toneladas a aniquilar as ligações sinápticas, a esmagar o bolbo raquidiano.

O que consola é que os alunos estão quase a entrar em férias. Até setembro, a nossa profissão volta a assemelhar-se a uma normal profissão das nove às cinco, que se limita a levar papeis de um lado para o outro. Depois, tudo regressa à luta do dia a dia.