A altura pré-carnavalesca é uma altura tramada para um professor de EVT. A azáfama da criação de máscaras e fatos de carnaval acelera as pulsações e transforma as aulas em momentos confusos de muito labor. Mas a recompensa avista-se: o tempo passa, e os alunos vão criando belíssimos objectos que ultrapassam largamente o âmbito limitado das festividades carnavalescas. As máscaras são meros pontos de partida para voos fugazes da imaginação. Que dão um certo trabalho a executar. Pronto, confesso, dão muito trabalho a executar e a limpar. Mas vale a pena.
Como professor, preocupo-me pouco com os resultados metrificáveis e consultáveis nas pautas finais. A avaliação das minhas actividades está na concretização de objectos criativos nascidos da imaginação dos alunos e construídos/modelados/elaborados com as técnicas que ensino aos alunos. A nota, o grande objectivo do sistema educativo, é para mim algo acessório. Não deixa de ser importante, mas... com a esmagadora maioria dos professores, dos programas e das disciplinas a focalizarem-se pela aprendizagem teórica de funções cognitivas, é preciso marcar a diferença. Lutar por aprendizagens prácticas que valorizem a criatividade, a intuição e a expressão. São dois campos que se complementam.