É tradição anual todos os anos comemorar-se a passagem de calendário com fortíssimas tempestades de alcool, cujos efeitos sobre o corpo e a mente são bem conhecidos. É também tradição que o primeiro dia do ano seja também o primeiro dia de ressaca do novo ano. O primeiro de bastantes, espera-se, desde que as razões sejam boas. Os bons convívios sempre se fizeram acompanhados de umas boas garrafas da bebida predilecta dos convivas. Assim é, e assim espero que continue, in saecula saeculorum.
(Gostaram da erudição? O alcool ainda não danificou todas as minhas células cerebrais.)
Cá pela nossa Ericeira, há uma tradição de ano novo que eu dispensava perfeitamente. Após a festa, as garrafas de champagne são invariávelmente esmigalhadas no chão. É um espectáculo triste. As ruas ficam com o chão peganhento de champagne e cheias de vidros. Adicione-se isto às monumentais borracheiras que navegam pela vila, e é um momento com alguns perigos. E pouco higiénico.
É bom poder saudar o novo ano com a brisa fresca e o troar das ondas na praia.