... ou post onde se escreve sobre nada. O recomeçar das aulas trás consigo o recomeçar das rotinas diárias de carro-escola-casa, agora um pouco mais alongadas pelo encarecer da auto-estrada que obriga a um uso mais intensivo das curvinhas à rally da estrada nacional. Concordantemente, o cérebro parece vazio e oco após um dia laboral bem passado.
Ou então é só impressão minha.
Correntemente, a minha luta é tentar livrar-me das torturas requintadas inerentes à administração de condomínios. Já passou um ano disto, e a única conclusão a que cheguei sobre as delícias dos condomínios é perceber porque é que as pessoas preferem vivendas a apartamentos. Não é bem pelo espaço, é muito possívelmente para não terem de aturar os vizinhos.
A fauna que habita um condomínio merece um post só por si. Há desde os caciques aos impossívelmente picuinhas. Todos reclamam, todos se consideram donos da verdade, mas quando chega à altura de fazer alguma coisa, aí todos continuam a dar opiniões sobre o que se deve fazer. Mas isso é o normal. Pior são aqueles que se acham no direito de interromper qualquer coisa que estejamos a fazer para nos falar das suas infiltrações de humidade (então e lavar as paredes, já experimentou?) ou da lâmpada que fundiu no patamar da escada (e porque não trepar a um escadote para a trocar?). Junte-se a isto as manigâncias de um construtor civil exímio em evitar reparar os erros que cometeu e os esquemas dos vizinhos que se esquecem de pagar a taxa de condomínio durante anos a fio e temos chatice. As contas pagam-se, mais ou menos, graças a alguma criatividade financeira.
Enfim, se em breve não me conseguir livrar disto, é bem possível que recorra à violência. Se dentro em breve ouvirem falar de um massacre sangrento ocorrido na ericeira, talvez eu tenha tido algo a ver com isso.