domingo, 22 de janeiro de 2006

Ao voto, camaradas!

Hoje é dia de eleições, o dia em que todos os cidadãos deveriam cumprir o seu direito e dever cívico: votar. É um direito cada vez mais esquecido. Desiludidos com as manigâncias de uma classe política corrupta, incompetente e clientelista, desanimados com a ideia de que isto nunca muda, os cidadãos têm-se abandonado ao conforto do dia de eleições passado em tranquilo descanso e aumentam as percentagens de abstenção. É certo que a democracia representativa não é o melhor sistema de governo; mas é, certamente, a menos pior de alternativas muito piores. A democracia só sobrevive com o demos, o povo, os cidadãos, que exercem e fazem valer os seus direitos, e cumprem, claro, os seus deveres. Uma democracia do tipo "não me chateiem com isso" não é viável, e é muito útil aos grupos de interesse que manipulam a nossa sociedade para seu proveito e lucro. Para essas pessoas, uma sociedade de cidadãos apáticos é precisamente o que lhes convém para inlfaccionarem as contas bancárias à custa de erários públicos e cortarem a torto e a direito nos direitos cívicos em nome da competitividade económica.

Um só voto é coisa pouca, é certo. Mas milhares de uns só votos podem fazer alguma diferença. A escolha também não é das melhores, é certo. Mas a apatia é muito mais danosa. Por isso, se estão a ler estas linhas e ainda não votaram, do que é que estão à espera? Levantem lá os rabiosques das cadeiras, desliguem o computador e vão votar.