quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Estereofonia

A pensar em City of Glass, ocorreu-me uma ideia semântica estranha: porque é que os estereótipos são estéreótipos? Atribuímos ao estereótipo uma noção de algo superfícial, que se repete sem imaginação nem esforço de pensamento. Mas estereo sugere uma noção de tridimensionalidade, talvez uma ilusão, é certo, mas estereo sugere profundidade. E os estereótipos são sempre unidimensionais, sem profundidade. Será que a repetição dos esterótipos acaba por nos sugerir a profundidade que eles não têm? Sendo assim, compreende-se o estereo em estereótipo.

Foi um pensamento fugaz, que consegui capturar.