quinta-feira, 30 de junho de 2005

Sibila




O futuro é o reino do desconhecido, um continente ignorado que todos desejam descobrir e conhecer. Quem, de entre esta massa mortal de humanidade, nunca desejou conhecer o seu futuro?

Sacerdotisas de Apolo, deus da beleza e dos mistérios, era a elas que os deuses davam a conhecer aquilo que determinavam com sendo o futuro e o destino das gentes e das terras, dos reinos, das esperanças, das vaidades e das vontades.

Em Delfos residiu a mais famosa das sibilas, as portadoras das profecias dos deuses. Ei-la no seu exótico antro, rodeada das preces dos sacerdotes e das ricas ofertas daqueles que até ela iam em busca de conhecimento do futuro. Alucinada, de olhos bem abrtos para receber as mensagens dos deuses, os fumos faziam a sibilia entrar em transe, e esta murmurava os oráculos que apolo lhe transmitia aos sacerdotes que, diligentes, os versificavam.

Os oráculos eram transmitidos, o ofertante ficava a saber o seu futuro. Mas o seu futuro, apesar de inexorável, não era claro. As sibilas eram ambiguas, e um oráculo aparentemente favorável trazia aniquilação e tristeza. Não há como fugir à vontade dos deuses.