quarta-feira, 29 de junho de 2005

O Dia em que a terra parou




Ainda de ressaca de reuniões, cambaleei esta manhã até aos terrenos da escola, onde me dediquei a atar as pontas soltas da minha direcção de turma - relatórios em ordem, na ordem dos seis ou sete relatórios por aluno chumbado, digo, retido, porque chumbado é traumatizante para as mentes dos angelicais diabinhos.

Actas, registos de avaliação, relatórios e pautas. Tudo conferido e reconferido, numa tentativa de se deixar pensamentos e ideias para o próximo ano lectivo. E depois de por mim conferido, revisto pela comissão de revisão - um grupo de professores que se dedica a rever tudo o que possa ser importante por entre as resmas de documentos produzidos nos conselhos de turma. Às vezes há excessos - virgulas em textos de actas, ou, no meu caso, assinaturas que (dizem eles!!!!) são ilegíveis. Ilegíveis uma ova, são é expressivas. Exprimem a angústia existencial do momento. A frustração de um professor ao ver reprovar os seus queridos alunos. O cansaço de um ano lectivo bem esforçado. Whatever.

E assim termina mais um ano. A partir de agora é ao ralenti, os dias passam por inércia em amenas reuniões que visam preparar um ano lectivo que só será realmente preparado em setembro, quando chegarmos às escolas.

Está tudo longe de terminado, e a poeira levantada nas dantescas discussões nos conselhos de turma ainda não assentou. Mas agora, meus amigos, é em slow motion. Bem devagar, bem devagarinho.