segunda-feira, 21 de março de 2005

Mortes Desnecessárias II

Lendo o post de ontem sobre o assassínio de dois agentes da polícia na amadora, quase que dá a impressão de que sou um verdadeiro fascista, um nazi escondido cheio de vontade esmagar as democracias e instaurar uma ditadura absolutista (em oposição às ditaduras pluralistas...).

Não deixei de acreditar nas leis e nos tribunais. A justiça é, e será feita, neste caso como em tantos outros. Mas a justiça não é célere, e o mal está feito. Duas vidas ceifadas. É revoltante, visceral.

Estas mortes dão-nos vontade de regredir a tempos aparentemente mais simples. O que transforma estes crimes em maiores aberrações do que o que já são - para além das vidas ceifadas, há a vontade de endurecer a sociedade, de responder à violência criminal com violência institucional. E o século XX já nos ensinou os riscos das violências institucionais.

A nossa sociedade não pode tolerar estes crimes. Mas também não se pode deixar destruir por causa destes crimes.