quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Um do nove

Um de setembro é já amanhã. Sou afortunado: basta-me telefonar para a minha escola para saber quando é que lá me querem (isto vida de efectivo é outra coisa). Podem é dizer-me "daqui a cinco minutos", o que seria mais chato. Mesmo com a nova autoestrada mafra/malveira a cinquenta cêntimos o minuto, o caminho para a venda prolonga-se. Mas seja! Há que ir trabalhar. Tem mais é que ser. Tem mesmo que ser...? Mamã, já são horas de ir para a escola? Tem mesmo que ser?

Pois tem. Não há escapatória, não há saída. Pelo menos queixo-me de ter um trabalho de que gosto, um mal que afecta pouca gente neste país. Pior do que acordar a um de setembro para fazer algo de que se gosta, é acordar a um de setembro para fazer algo que se odeia.

É dose.

Arbeit macht frei, colocaram os nazis no portão de Auschwitz. Pois liberta, liberta, o trabalho liberta...